quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Quando não vale mais a pena...


E se a mente parasse de funcionar como funcionava há tempos?

Não há mais pensamentos livres, somos obrigados a pensar como todos pensam. Acabou o tempo em que éramos livres e não precisávamos utilizar máscaras. É necessária a conformidade para que possamos entender como funciona a cabeça e o coração de todos aqueles que matam, aos poucos, os valores dentro dos seres humanos.

A mente perturba-se com o inverso dos pensamentos que vem à tona com o intuito de fazê-la permanecer na loucura da escuridão dos ideais. O que é certo? O que não se pode fazer? Não há mais atos que se concretizem com os certos valores que se adéquam ao poder de discernir quem sou eu ou quem não sou...

Não há mais saída, não há mais caminhos a serem trilhados... Aliás, os caminhos ainda estão presentes, mas estão cada vez mais decadentes. Os espaços que cabem os nossos pés não nos trazem mais atrativos que nos façam querer caminhar por cima desse barro imundo que persegue o que mais desejamos e o destrói.

O reconhecimento das ações não precisa mais de atenção com tamanha destreza; mas, por outro lado, precisamos saber quando é o momento de parar. Não consigo mais permear a exatidão do que se passa em minha cabeça. Penso que é certo duvidar do que acho que sei, mas, ao mesmo tempo, acho que a minha dúvida não me vai levar a lugar algum. Enfim, essa é a questão pertinente ao que sentimos nessa era do pensamento.

O que precisamos fazer? O que preciso fazer? O que precisamos dizer? O que eu preciso pensar? É difícil saber quando todos estão fingindo sentir e pensar alguma coisa. Quando penso, sou encarado como pseudo-algo; quando me declino, sou transcrito como um traidor. A cabeça roda e o chão sai do lugar; não há mais abstrato ou real... Não há mais como fugir... Chegou a hora de encarar... E o resultado? Só saberemos quando não valer mais a pena lutar por algo.

9 comentários:

  1. Atiro meramente nas virtudes acima. Não é preciso ter conformidades para aqueles ... mas sim, para àqueles! Estes, ainda podem salvarmo-nos. Você é professor mesmo ? Acho que não. Você ESTÁ professor ! Sentado em uma classe do curso de arquitetura, futuramente você vai ESTÁ arquiteto. Não usemos este verbinho "ser", porque ser ... é muito difícil saber quem somos. Eu não sei quem sou ! Só sei que "estou" ...
    Acredite que há caminhos ainda, se não existisse caminhos, não existiria parafusos fora do lugar, e nós estamos aqui para apertar.Toda época é chata, todos queriam ter nascidos a há anos, mas eu não! Agradeço por ter nascido por aqui, ainda há muito a SER feito, e já estamos fazendo (O BE-A-BA se repete)
    Sim,é certo duvidar do que "acha que sabe", mas ainda bem que você apenas "acha" que sua dúvida não te levará a lugar algum. A era do pensamento já passou, temos atitudes a serem tomadas, tomadas cheias de cargas e pensamentos que doerão no esôfago.
    Assim,antes de professor, você é muitas coisas mais, pois uma coisa é uma coisa, e outra coisa é outra coisa(rs), no entanto, pode apostar, se segure !

    - Eu estava já com saudade deste blog. Seu texto me lembrou os meus momentos de "Saco cheio com TUDO" (Que são constantes), não sei se estou certo, se o seu intuito foi expressar toda esta melancolia mesmo.
    Você além de SER ... É um GRANDE cara! Meu orgulho se esvai por aqui ! SARAVÁ !

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  2. Muito Obrigado, meu querido... A palavra é acreditar... Devemos acreditar que temos um propósito aqui... Quando esquecemos esse propósito deixamos de ser o que deveríamos ser.

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  3. Carakas, você manda bem, não tinha a menor dúvida disso. Porém, não consigo imaginar pensar como os outros pensa, talvez seja pela fase da vida em que passo mais tempo olhando pra mim, pro interno, o externo e o outro to deixando um pouco de lado, um pouco só rs.
    Quantas perguntas a nossa cabeça forma né, o corpo para a mente jamais.
    Amei a frase "Quando penso, sou encarado como pseudo-algo", é sempre assim, é sempre assim....

    Me conccede a honra de utilizar a frase?!

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  4. Claro, Let... Fica a vontade.
    Já dizia alguém: "O que o escritor escreve deixa de ser dele no momento em que ele põe o ponto final..."

    aehiuaehiuoaehuoeihaeu

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  5. Muito bom...
    É dificil sabermos o que devemos ser, até sabemos o que queremos, mas hesitamos, será que é por aí mesmo que devemos seguir, será que é isso que esperam de mim?
    A gente vive nesse vai e vem de provações e frustrações, quando o que deveriamos fazer mesmo era ir em busca do eu mesmo, puro, livre de manipulações podres e mesquinhas que insistem em nos massificar.

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  6. Viva a revolução.
    Falta isso. uahuahauhau

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  7. Concordo, Legis... É sempre bom saber que podemos ser o que queremos; o problema é que sempre sofremos muita pressão quando escolhemos querer ser o que não é comum... Isso é triste.

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  8. Você já ouviu falar em desescolarização? Em técnica Alexander? Acho que é meio por ai... Precisamos ser mais livres, descobrir a potência que somos! Sem pressão! É provavelmente um trabalho longo na sociedade de hoje, mas certamente muito valioso!

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  9. O problema de tudo é que vivemos muito em prol da opinião alheia....temos que relaxar mais e aprender a sermos mais "naturais" quando queremos expor nossas ideias. Vamos fazer isso sem ter medo de magoar! ;)

    Kiki

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