terça-feira, 27 de julho de 2010

Análise Visual do Comportamento Estudantil


Hoje, foi um dia menos comum. Entrei, na sala de aula, e comecei a ministrar a aula para uma turma com alunos, em média, com 17 anos. Desta vez, eles não chegaram atrasados, porém, eu pude sentir que não havia um interesse maior sobre o que eu estava falando. Tratava, com eles, de um assunto importante para a gramática Inglesa... Eu lhes mostrava a essência dos “Modal Verbs”. Este assunto, que é de suma importância para o aprendizado da língua estrangeira em questão, é um dos mais cobrados assuntos em exames (tais quais vestibulares, concursos...).

O meu grande desafio, hoje, não foi tentar trazê-los de volta para a aula (aqui, neste ponto, há quem possa pensar que sou um professor ruim, ou, até mesmo, desleixado, porém, há sempre aqueles que conseguem entender do que estou falando). O meu maior desafio, nesta aula, foi tentar entender o que eles pensavam, o que eles estavam fazendo, o que passava em suas mentes...

“É incrível olhar para mais de trinta pessoas e ver que todas elas tem um comportamento diferenciado. Muitos (quase todos) não prestam atenção a uma palavra que lhes é dita. Olhar para eles, de onde estou, é horrível; eles pulam, brigam, discutem e batem uns nos outros. Se você conseguir apagar o som que fica ao redor, poderá perceber o quão inacreditável é... É como nos filmes de guerra, nos momentos em que estoura uma granada, e o homem não consegue ouvir nada mais além do zumbido e consegue, também, ver os movimentos catedráticos e inorgânicos que conseguem fazer.”

Saber que isto acontece, não traz felicidade para mim. Como professor, eu tenho que tentar despertar a vontade de ser alguém nos meus estudantes... Mas, neste momento, eles deixam de ser estudantes e voltam a ser alunos. Não se deve impor culpas... Porém, será que é o meu dever, como educador, criar os filhos de outrem? Ou devo eu, acompanhar esta criação e implantar, na cabeça deles, o conhecimento adequado para que, integrado ao consolo familiar, estes se sintam aptos a crescer moral, psicológica e intelectualmente?

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Dica para o enigma

Aqui vai mais uma dica para o enigma do Centro Educacional São Rafael.

- Como escritor brasileiro, escrevi um livro amarelo que introduziu, aos personagens,
o conhecimento sobre uma casa que dava uma segunda chance a quem, realmente, necessitava.

sábado, 10 de julho de 2010

Portas da Felicidade

Homem chegou a uma cidade e queria saber o que havia de tão especial nela, pois todos os seus amigos, quando de férias, viajaram para lá. Nenhum deles lhe disse o que estavam indo fazer, pois eles lhe indicavam a existência de um segredo muito valioso escondido naquelas terras.
Este Homem arrumou, rapidamente, as suas malas e decidiu embarcar, no primeiro ônibus, em direção à cidade que lhe prometia um segredo que mudaria a sua vida. Depois de muitas horas de viagem, ele decidiu abrir um livro e começar a ler. Até que a sua visão ficou turva, ele leu alguns capítulos que lhe deram sono.
Quando o ônibus parou, Homem despertou do seu sono literário e abriu os olhos para enxergar as primeiras casas que surgiam na pista que levava à cidade do segredo. Após carregar as suas malas, decidiu ir ao hotel no qual ficaria hospedado.
O rapaz que trabalhava lá ajudou-o a levar as coisas para o quarto, mas, assim que guardou as suas malas, Homem perguntou ao outro: “Me falaram sobre um segredo que esta cidade guarda, posso saber onde fica?” – O rapaz sorriu e lhe disse que havia uma casa bem grande que guardava este segredo que atraía tantos turistas.
Homem pegou a sua carteira e saiu feliz para ir de encontro a esta casa que iria lhe agradar com alguma surpresa. Quando Homem estava saindo do hotel, ouviu o mesmo rapaz de antes gritar para ele: “Lembre-se... É a maior casa da cidade...” – Homem sorriu para o rapaz e saiu andando acompanhado, apenas, da sua felicidade.
Após procurar com muita veemência pela casa, Homem descobriu que estava no lugar errado. Perguntou para muitos cidadãos e acabou descobrindo, exatamente, onde ficava o casarão. Ele chegou ao local, viu que a casa era, realmente, enorme e decidiu adentrá-la. Assim que entrou, viu um mural bem grande lhe indicando as regras para andar na casa. Primeiro, dizia que cada pessoa que entrasse só poderia entrar uma vez e nunca mais deveria voltar a entrar a casa. Depois, havia a regra que dizia que a cada andar haveria uma indicação para a busca, porém, a cada andar subido, jamais a pessoa poderia voltar a descer e escolher o que já havia passado.
Homem ficou muito contente com a última placa que indicava: “Corra e conquiste a sua felicidade.” – Ele subiu para o primeiro andar e encontrou na porta: “Aqui, você encontra a fé”; Homem sorriu e continuou subindo. No segundo andar, ele encontrou: “Aqui, você encontra a fé e a alegria”. Homem estava cada vez mais feliz e decidiu subir os degraus mais uma vez. Ao terceiro andar, ele encontrou: “Aqui , você encontrará a fé, a alegria e a inteligência”.
Homem já tinha, em sua mente, o que poderia vir depois. O que uma pessoa desejaria além de fé, alegria e inteligência..? Homem se deparou com os degraus que levavam para o último andar. Chegou à porta e encontrou-a aberta. Dentro da pequena sala havia uma placa indicando: “Aqui termina a sua jornada. Se nenhuma das portas lhe serviu, deve sair da casa, exatamente, como entrou.”

terça-feira, 6 de julho de 2010

Quem são os verdadeiros críticos?


O que me deixa invocado é essa discussão sobre os críticos. Eles são bons, não são? Devemos segui-los, devemos ouvi-los? E esta discussão vem ultrapassando épocas e idades, pois todos querem embasar as suas “teorias” em uma vertente já utilizada.
Como diria um amigo de colegial, “pois bem”, já li inúmeros comentários sobre o que é ser crítico. E me perguntam, diversas vezes, o que é ser um crítico. Daí surgem idéias de que eles são profissionais que não tem aptidão a nenhuma das artes e acaba se tornando um carrasco dos artistas, outros que me dizem que os críticos são os “supra-sumos” no quesito em questão. E, então, o que são eles?
Certamente, há profissionais sérios, na área, mas, como em todos os cantos da imundície trabalhista, há aqueles que estão de penetra. Quem não conhece um engenheiro que ensina física, um médico que dá aula de biologia, até mesmo um ex-advogado como gerente de uma empresa?
Estes críticos sérios trabalham em cima de teorias e argumentos, estudos e pesquisas. Eles não abrem a boca para dizer o que acham, eles confirmam, cientificamente, o que estão dizendo. Mas, o grande problema do nosso século é que a crítica, principalmente literária e cinematográfica, se tornou algo prostituído. Criou-se uma empresa “achista”.
Hoje, os pseudocríticos acreditam julgar uma obra pelo que eles acharam desta. Não há mais a citação de um autor, ou de uma constituição de argumentos que provem aquele ponto em questão, porque o que eles acham que entenderam, ou o que eles dizem ter conhecimento, está estancado numa idéia verbal sem nenhuma magnitude.
Encontramos diversos vídeos, na Internet, de homens e mulheres, adolescentes e adultos, julgando séries, novelas, filmes e livros baseados em nada. Apenas, traduzindo um contexto irrisório de uma realidade que só pertence a eles e tentando fundar um questionamento que traz uma solicitude de piedade para com si próprio.
É preciso que se estude bastante e que se conheça muito para que se chegue ao ponto de criticar um autor, um diretor, um roteirista ou, até mesmo, um ator. Brasileiros do meu coração, podemos todos criticar (temos a liberdade de expressão), mas cuidado para que essas críticas sem embasamento não caiam nos ouvidos (ou olhos) daqueles que entendem, pois a sua rápida e ineficaz fama, pode se tornar uma exclusão social.