sábado, 25 de dezembro de 2010

Faculdade para todos... Chance para todos...




Bom, primeiramente, eu gostaria de pedir desculpa a todos os meus leitores pelo tempo que levei para escrever um novo texto. Quem me conhece, pessoalmente, sabe que estava passando por um processo de recuperação médica e, por isso, não estava apto a criar nenhum diálogo com vocês.

Agora, posso voltar à rotina e trabalhar em cima destes temas...
O assunto que gostaria de tratar hoje, é, com toda a certeza, a forma não invejável de exame para o ingresso de um estudante para a universidade aqui no Brasil:
- O famoso e temido (por quase todos) vestibular... - Todos os estudantes, ou a maioria deles, quando terminam o terceiro ano do ensino médio, tentam ser aprovados no vestibular. O grande problema, principalmente dos soteropolitanos, é que só há duas universidades de muita qualidade de ensino e que não é necessário, diretamente, pagar nenhum tipo de mensalidade.

Por este fato, muitos acabam criando uma expectativa maior do que a própria vontade de estudar. As famílias implicam tanto com a necessidade de se ter, em seus diplomas, o nome de peso que essas Universidades disponibilizam que forçam que os estudantes acabem adentrando um mundo sem muitas distinções ou verdades.

Mas há um problema... Não temos vagas para todos... O pior... Não temos vaga sequer para todos que merecem estar lá. Daí, entramos em uma discussão muito maior do que o espaço do Blog... O que se deve fazer para que tenhamos mais acessibilidade às Universidades?
O que me passa à cabeça, quando começo a discutir comigo mesmo este assunto, é a idéia de que não é justo que tanta gente dispute, tão bravamente, por menos da metade da porcentagem do que, de fato, deveria ser a numeração de entrada dos estudantes nas faculdades públicas.

O que fazer? Acredito que há dois grupos que fazem o exame que valida a “invasão” do estudante no mundo acadêmico... Há quem acabou de finalizar o ensino médio e há, também, aquele que já tentou algumas vezes (ou que já é graduado e quer uma outra formação) e, por isso, o número de concorrentes é MUITO maior do que o número de aprovados. Então, pensando assim, deveria haver uma lei que determinasse quem seriam os concorrentes...

Como assim? Pense bem: todos os estudantes que acabaram de finalizar o ensino médio deveriam concorrer entre si... Um outro grupo, para outra turma, deveria ser formada por estudantes que já fossem veteranos na tentativa de ser aprovado pelo vestibular. Isso é preconceito? Não... De forma alguma. Esta é a forma mais regular de evitar que professores concorram às vagas, juntamente, com estudantes que estão “frescos” quando o assunto é a prova que determinará a sua profissão.

Todos sabemos que vivemos em uma cidade (estado, país, continente...), altamente, desfavorável àqueles que merecem garantir o seu futuro. Desta forma, poderíamos acabar com as concorrências indevidas, pois a universidade é pra todos e, da forma que estamos lidando com isto, o diploma de uma Universidade pública continuará, na maioria das vezes, nas mãos daqueles que sempre tiveram condições de ter um ensino melhor e que já tem garantido o seu futuro independentemente da forma como ingressará e em qual faculdade estará.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Literatura Como Representação de Tudo




A Literatura é a maior das representações da vida. Muitas pessoas me perguntam: “A vida imita a arte, ou a arte imita a vida?” – mais uma vez, devo dizer que não preciso de definições premoldadas para adquirir conhecimentos. Eu não devo seguir o mesmo caminho que todos seguem, só porque me disseram que este era o melhor a ser seguido. O conhecimento deve ser compreendido da forma mais plausível ao seu entendimento.

Como professor, tenho total liberdade de culpar a Literatura pela maioria das representações que temos hoje. Se pensamos que o índio é um ser menor e que depende da caça e da pesca pra sobreviver, devemos isso à Literatura (lembrando que não se fala de Literatura, apenas, o que é escrito); se achamos que o Brasil é, apenas, um país de mulatas, samba e futebol, devemos ao grande ato de reproduzir uma imagem que nos foi implantada por quem, nem ao menos, era brasileiro.

Será que temos uma identidade? Será que esta identidade que nos é pregada, serve de espelho para nós que, realmente, vivemos e construímos esta nação? Desde muito cedo, ouvimos e pregamos aquilo que nos foi dito, pois estamos acostumados a repetir o que ouvimos sem nem, quase sempre, fatidicar. Precisamos abordar as fontes, buscar as referências, necessitamos de algo que nos prove que o que ouvimos é verdadeiro. Não podemos, simplesmente, abrir a boca e levar adiante o que se fala por aí.

Há quem diga: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei...” e desempenha a função de colaborador de uma magnificente fofoca dos dias atuais. Quem lhe garante que Jesus Cristo disse isso? Você já leu a bíblia? Enxergou lá essa passagem? Ou só a repete, porque alguém que lhe julga inferior lhe disse ter lido e, no entanto, confia-lhe a sua própria integridade intelectual?

Temos que deixar de lado a injustiça literária. Não podemos mais arcar com essa voluntariedade da reprodução e deixar que as pessoas implantem o que pensam e permitam que sejamos massacrados por ilesas descrições que não cabem aos nossos comportamentos ou características. Você já se perguntou por que a mulher brasileira é vista desta maneira? Você já se perguntou por que o pagode é ruim? Você já se perguntou quem designou que Shakespeare era erudito e Stephen King popular? Não, você nunca o fez, mas reproduz assim mesmo.

Há muito tempo sabemos que a cultura não é imposta pela massa, a cultura é imposta pela burguesia. Desde que o mundo é mundo, quem decreta o que serve e o que não serve são os ricos e não a plebe. A plebe é rude, não tem chances de participar da mesa decisiva do que será aprovado ou não. Os brancos falam do racismo, os burgueses falam da escravidão, os apaixonados falam do desencanto, os bem aventurados falam do desalento. Nunca passou na sua cabeça que eles entendem muito menos do que aqueles que, de fato, conhecem as suas historias?

Temos muitos pensadores e escritores que tentam demonstrar a real intensidade da valorização da sua cultura, mas não deve ser ouvido, pois a cultura interrompida pelos alicerces do capitalismo não desejam o que não vende. Luis Gama escreveu sobre a escravidão, mas quem vendia era o Castro Alves, pois lhe eram atribuídos fatores da sociedade que o permitiam perseverar. Um sertanejo escreve poesia, mas os versos que nos chegam são de personagens da “acrópole”, pois está mais perto do céu.

Pense bem, quem faz a Literatura não é você, mas quem reproduz o que nela existe é. Seja um leitor assíduo, seja um crítico insistente. Não deixe que lhe digam que está errado no que pensa, apenas aceite que há caminhos diferentes para se pensar a mesma coisa. Thomas Foster, certa vez, escreveu que não existem várias histórias, existe apenas, uma história, contada de pontos de vistas diferentes.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Lugar de Criança é na Escola




Sempre que escuto um estudante dizendo que não teve tempo de fazer tal atividade, ou que tirou nota baixa, pois não teve tempo de estudar, eu lhe pergunto o motivo que o deixou sem tempo. Daí, escuto a pior das minhas lamúrias: o adolescente / a adolescente está sem tempo porque não consegue conciliar o estudo e o trabalho.

Eu me pergunto: até quando isso será visto no Brasil? Eu dou graças a Deus de ter conseguido completar os meus estudos sem precisar ter iniciado a minha vida trabalhista e posso dizer com todo orgulho que não me arrependo. A vida acadêmica é algo muito importante na história de qualquer cidadão. Esta é a parte da vida em que se presta atenção a todos os momentos para conseguir criar um vínculo crítico com a sua massa cinzenta pensante.

Fico muito triste sempre que acabo sabendo que algum estudante colegial está dividindo o seu tempo com o trabalho (muitas vezes pesado). Eu ainda tenho o pensamento “old school” de que a escola deveria ocupar todo o tempo do adolescente. Este precisa aprender a discernir os pensamentos, precisa saber criar movimentos, precisa se politizar. Sempre aprendi as questões sociais e educacionais dentro da própria escola.

Obviamente, que temos realidades diferentes. Há estudantes que necessitam trabalhar para ajudar a sua família; mas é, exatamente, contra isso que estou brigando. Não apoio, de forma alguma, o trabalho infantil. Todas as crianças devem estar na escola. Lugar de criança é na escola. Se hoje tenho pensamentos críticos e ideais, é porque a escola fundamentou estas idéias na minha percepção de mundo. Não existe intelecto sem esforço, não existe aprendizado sem cultura, não existe educação sem estrutura.

Todos reclamam da forma como o Brasil está. Muitos pais obrigam os seus filhos a trabalhar para conseguir dinheiro para sustentar as suas farras. Não acredito que esta seja a melhor forma de educar e mostrar quais são os valores coerentes para uma sociedade em crescimento. Sempre entendi que os pais devem educar os seus filhos para que aprendam a diferença entre os valores fatídicos do bom comportamento.

Quando um adolescente trabalha, assassinam alguns milhares de motivações de um avanço em prol da estrutura nacional. Então, os pais devem tomar conta dos seus filhos. Lembrando, sempre, que lugar de criança é na escola. Não devemos admitir que a saída do aluno seja, diretamente, para o trabalho. Devemos brigar com os nossos governantes e obrigar que eles nos deem métodos diferentes para o que estamos vivendo. As crianças pobres não são diferentes das crianças ricas. Nenhuma delas deveria estar intermediando o seu tempo entre aprendizado e força bruta.

O trabalho dignifica o homem, porém, devemos lembrar que, neste aspecto, esses seres ainda são crianças. O homem deverá nascer no momento certo dentro do seu interior e deve-se mostrar intelectual o suficiente para diferenciar trabalho de emprego.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Literatura Popular como Ponto de Partida




Eu fico me perguntando o que faz com que nos afastemos da Literatura. Um dia, pensando bem e analisando tudo o que estava acontecendo com os leitores e não leitores, eu comecei a entender o que este processo estava causando em nossa sociedade. Por que os americanos, os europeus e os outros povos (que não os brasileiros) são considerados letrados e bons leitores? É simples. Essa denominação se dá pelo fato de que eles leem.

O que afasta os brasileiros da leitura (principalmente os jovens) é a imposição literária que lhos é feita pelos acadêmicos. A busca e a felicidade negligente que exacerba um sentimento único e enraizado nas obras tidas como eruditas fazem com que os leitores se sintam expelidos pelo prazer absoluto da leitura. Faça um teste consigo mesmo e tente iniciar uma utilização obrigatória daquilo que ama e veja que não haverá mais graça.

Quando alguém diz para um adolescente: “Isso que você lê é terrível, você deveria ler ‘D. Casmurro’ ou ‘Madame Bovary’ e outros de mesma estirpe erudita”, você está prestes a assassinar a paixão de um suposto leitor assíduo. Não digo aqui que não se deva apresentar os autores eternos, o que não devemos é fazer fatídica a existência única desses autores. Há inúmeros escritores que podem influenciar o início desta leitura para todos. Quem me garante que uma pessoa que começou lendo “Os três porquinhos” não terminará lendo “D. Quixote”? É um caminho óbvio e constante. Todos começamos pelo que nos é mais aprazível e partimos para o que a nossa escada intelectual nos permite entretermo-nos.

Julgam autores que envergam-se em prol da magnitude da literatura infantil e não permitem que estes façam o seu papel. “Harry Potter”, “Crepúsculo”, “Brida”, “O Senhor da Chuva” são livros que, nem de perto, são considerados eruditos, mas, com certeza, abrem a dimensão literária de uma forma esplêndida e aflora os ânimos desta construção intelectual. Ao ler estes livros, o leitor identificará uma marca permanente em sua bagagem literária e se sentirá livre para voar e entender o que outros autores insistem em relatar. Bella, personagem da obra vampírica de Meyer, vive com dois livros em sua cabeceira: “Morro dos Ventos Uivantes” e “Romeu e Julieta”; Harry Potter e Hermione citam inúmeras práticas medievais e celtas que poderiam ser desconhecidas pelos seus leitores alvos. Brida ensina maneiras práticas de se concentrar e achar o ponto de equilíbrio o que ajuda, inconscientemente, na prática da leitura.

Essas são as funções das obras populares. Estas fazem de tudo para que o leitor se aproxime do que se é chamado Erudito. Então, pensemos mais vezes, agora, quando formos desanimar a leitura de um adolescente que pensa que aquele é o mundo de valores pertinente para o seu aprendizado. Nunca se deve jogar fora uma conquista de aprendizado. De tudo se pode tirar símbolos e imagens que sirvam de ideologia. A Literatura é o conjunto de símbolos que servem para administrar a sua mente, a fim de trazer a tona mensagens que sempre estiveram presentes e que não eram de fácil acesso.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

O que é isso companheiro...?




Meus queridos brasileiros, amigos e amigas, trabalhadores e trabalhadoras, povo que se une em uma só intenção e que sabe fazer o bem para toda a sociedade. Estou aqui, hoje, para traduzir pra vocês o enorme prazer em estar ao seu lado, em poder conquistar, a cada dia, um novo pedaço desse nosso destino... Quero, no final, ver, no rosto de todos vocês, a felicidade, o sorriso estampado e a simpatia por tudo o que, novamente dizendo, conquistamos juntos.

Bom, depois dessa ladainha política, já podem perceber que o tema é política. E o que mais falar do que a mudança ética e moral do PT? O PT (partido dos trabalhadores) é o partido ao qual pertencem o presidente Lula, a candidata Dilma, o José Dirceu, dentre outros. Porém, esse, ainda, não é o grande problema do partido. O grande (e pior) problema do partido é que esqueceu os seus ideais e a sua razão igualitária que trabalhavam em prol da mudança e da conscientização dos políticos em ajuda ao povo.

Agora, o PT se tornou o partido dos companheiros. O partido em que, ao se associar, tem-se um grande fim lucrativo. Quem é militante do PT e não está bem empregado? Com algum ministério, com alguma secretaria, com algum emprego grande que trabalha na resolução de problemas para o povo. E quem não o é... É comprado com o resultado de uma pesquisa preguiçosa e bandida de erguer uma bolsa (irreal) para aqueles que mais necessitam ter comida em suas mesas.

Não, não sou contra a institucionalização dos “bolsas” família, alimento, escola, cadarço... Sou contra a forma como são aplicadas para a sociedade. Quem garante que não há ali um COMPANHEIRO recebendo os valores que deveriam ser repassados para a sociedade? No governo do PT, alguém conhece alguém que tem a carteira assinada em algum departamento público, mas que, sequer, fez um concurso ou, sequer, aparece no local para fazer um trabalho digno e que o povo espera.

É, meus companheiros... oops, meus colegas... meus compatriotas... São esses caras aí que estão tentando tomar o poder. São esses militantes que pretendem invadir o planalto para tornar ainda mais fácil o acesso para eles. Os amigos (companheiros) militantes petistas estão cada vez mais fortes, cada vez mais empregados e cada vez mais ambiciosos.

A candidatura da ex-ministra Dilma Rousseff foi o cúmulo da demonstração de poder que o PT está adquirindo aqui na nossa “Terra Papagalli”, pois colocar uma pessoa, totalmente desconhecida politicamente, para assumir um cargo tão importante como o de presidente da República e, ainda mais, sendo a primeira mulher a fazer isso... Será de uma tremenda desagregação de valores. (e sim... ela era desconhecida na política... foi apenas ministra e militante do PDT e não do PT como muitos pensam).

Então, o que vamos fazer? Vamos deixar que as coisas fiquem do jeito que está, ou vamos mostrar pra eles que os “caras pintadas” ainda existem e não são “cara pálidas” como eles? Vamos mostrar que o tempo da colonização já se esvaiu...

DETERMINAÇÃO E CORAGEM NA LUTA CONTRA A DILMA NO PODER...

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Nova abordagem para um concurso Público




Fiquei preocupado quando, hoje, cheguei para uma visita em uma escola estadual de Salvador e me deparei com umas das cenas mais deploráveis, para a educação, que já presenciei até hoje. Os alunos estavam brigando enquanto uma professora passava pela briga sem se importar. Eu fiquei abismado ao ver o que tinha acontecido, daí pensei: “Ela deve estar com medo de se meter, pois todos nós sabemos a realidade da educação pública do Brasil”... Daí, por alguns minutos depois, percebi que não se tratava disso, pois ela passou, novamente, pela briga e foi empurrada por um dos estudantes e, neste momento, ela pegou um deles pelo braço e gritou: “Não tá me vendo, aqui, não, ô animalzinho...”

Esta cena me deixou atordoado e querendo saber quando isso vai mudar. Daí, neste meio tempo, eu continuei pensando sobre o assunto e comecei a “mirabolar” algumas saídas para esta deprimente situação. Então, eis que me surge uma ideia, acredito que, fantástica. Toda essa situação se encontra assim porque não se tem uma forma de averiguar quem, realmente, sabe o que está fazendo. Hoje, aqui no Brasil, quando passamos em um concurso público temos, apenas, que mostrar os nossos diplomas. Cada estágio vale mais pontos... Se você é graduado, se você é pós-graduado, se você é mestre, ou doutor... Os seus pontos serão computados.

Porém, nos falta algo que deixaria tudo mais complexo e difícil de se conquistar com tanta ladainha. Poderia ser solicitada a presença do aprovado, no concurso para professor (por exemplo), para que sorteasse um assunto e aplicasse uma aula sobre o assunto escolhido naquele exato momento. Haveria alguns jurados (especializados na área) que examinariam a forma como esse professor estaria se saindo. Desta forma, poderíamos ter mais confiança nos profissionais que estavam sendo escolhidos.

Se continuarmos ativando a vontade de ganhar dinheiro desses profissionais que utilizam a educação para ficar ricos de uma forma preguiçosa, vamos acabar piorando, cada vez mais, a situação educacional do nosso país que, ainda, se chama Brasil. Salvador está clamando por uma inovação na forma de escolha para um profissional adequado para lidar com a educação e com os estudantes maravilhosos que mantemos nos muros escolares.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

A arte para todos



Existe um grande problema, em nossa sociedade educacional, que é a falta de incentivo para a arte. Eu costumo dizer aos meus estudantes que eles devem se sentir aptos a praticar o que a sua mente desejar projetar. Acredito que não há a existência de dons, ainda vou mais além, acredito que esta denominação e essa busca incessante por estes dogmas estão cravados em nossa cultura graças à massa manipuladora das idéias católicas para proteger os seus bons e destruir os maus.

Hoje, decidi que não devo mais esperar a iniciativa das instituições de ensino. Penso que os nossos estudantes não devem desperdiçar o tempo tentando provar que são bons, devemos entendê-los e apreciar o seu tempo mostrando que são bons de verdade. Reunirei todos os estudantes que gostam de escrever (começaremos com poemas) e reuniremos os melhores poemas que eles puderem produzir (esta seleção será feita por eles mesmos) e tentaremos, a todo custo, publicar um livro com toda a autoria voltada aos novos poetas que surgirão dentro da classe mais menosprezada do país: os estudantes.

Muitos outros professores me dizem que há muito mais a ser feito do que expô-los a uma experiência que poderá (e, segundo eles, deverá) fracassar e que os levará a uma onda de autodepreciação que poderá fazer com que desistam da arte. Eu posso garantir que o que os leva a esta depressão artística é a falta de estímulo e de chance para que possam mostrar do que são capazes.

Sofro muito, em sala de aula, porque os estudantes não tem com o que gastar as suas energias e inteligências. Gostaria muito que todos pudessem entender que eles merecem e necessitam de um olhar sensível que os faça acreditar neles mesmos. Os estudantes brasileiros (principalmente os baianos) não se acham capazes de “chegar lá” .

A minha proposta é que possamos facilitar este caminho para aqueles que, amanhã, possam ser, realmente, o futuro da nossa nação. Chega de imparcialidade. Agora, sabemos que ou você está do lado da arte, ou você está contra a adequação estudantil dentro do mundo da criatividade e liberdade de expressão.

O que você acha? De que lado se encontra? Leve essa discussão para a sua escola e faça com que todos os profissionais, envolvidos na área, sejam capazes de enxergar a única verdade fatídica na educação brasileira: temos artistas que estão apagados. Temos que dar uma chance para que eles possam entender o que se passa em suas cabeças.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Conhecendo Hughes

“Hughes: Contos de um Lugar Imaginário” é o primeiro livro que lançarei, com fé em Deus, até o ano que vem. Este conta com várias histórias extraordinárias e misteriosas que envolvem pessoas comuns como eu, você e todos os outros que possam se interessar por essa jornada macabra e lisérgica que tomará conta dos personagens mais desvairados que a Literatura Nacional poderia ter conhecido.

Os contos trazem uma crítica simbológica dentro de alguns patamares da sociedade. Religião, crenças, medo, distúrbios e psicopatia são os temas mais abordados dentro das histórias criadas para entreter e abrir os olhos dos leitores.

O 1º conto relata a história de um homem que começa a ver os seus medos encravados no seu dia a dia. Percebe que as suas visões não são nenhum tipo de delírio, tudo o que está passando à sua frente está acontecendo de fato perante os seus olhos, mas nada, até então, lhe indicava a causa destas alucinações , até que descobre que está perto de ver a realidade nua e crua sem nenhuma máscara.

Outro conto muito interessante, mostra uma família que acorda em uma cidade em que não há mais habitantes, salvo as pessoas que podem estar atrás deles para algum fim não muito benéfico. Após esta leitura, os visitantes de Hughes poderão se deleitar com a história de Mary que, aos oitenta e cinco anos de idade, descobre uma coisa muito estranha acontecendo com o seu corpo. Será que Deus está dando, novamente, um sinal da destruição humana?

Após muitos contos divertidos, macabros e intrigantes, temos a história do suicídio. Conto que trabalha com a teoria da conspiração (algo que abrange toda a população capitalista americana) e o induz a entender o que poderia estar acontecendo na mente daquelas pessoas (tidas como fracas por alguns) que se manifestam retirando a própria vida.

“Hughes: Contos de um Lugar Imaginário” traz uma novidade irremediável para a Literatura Brasileira. A ficção da nação está sendo arrancada pelos críticos que ainda acreditam que deveríamos estar escrevendo como José de Alencar, Machado de Assis e outros que já fizeram a sua parte na história.

Como professor de Literatura, acredito que devemos inovar e criar a nossa própria escola literária mundial, com a ajuda de autores como Paulo Coelho, Stephen King, André Vianco, Saramaro (em memória) e tantos outros que ainda, como eu, não tiveram a chance de mostrar as suas letras a este mundo tão maravilhoso que é a Literatura.

Vamos dar uma chance a todos de ler o que está por vir.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Uma Temporada no Inferno




Pela primeira vez, postarei algo que saiu de meus dedos, mas que não saiu da minha mente. Tenho certeza que não escrevi isso... De alguma forma, foi composta. Espero que possam ler.


“Foi difícil enfrentar tantas coisas que vinham de uma vez só por toda a cabeça que, por sua vez, estava parada e não conseguia pensar em nada que não fosse a autoflagelação. Um tempo em que a mente estava fechada e o coração estava tentando se abrir, mas não se encontrava. O meu medo urrava querendo sair e mostrar as caras, mas a minha pouca força de vontade (o que havia sobrado depois de tanto tempo) me fez aprender a defender. Senti o coração apertado por muito tempo e apertava a minha mão tentando fazer com que a dor cessasse, mas ela não o fazia.

Todos os dias, quando acordava, sabia que seria mais um dia de mansidão de calor e intensidade de loucuras. Não conseguia desvendar mais o que era real e abstrato. Vivia em um eterno submundo de prazeres e comodidades, mas, ao mesmo tempo, sabia que precisava de uma calmaria. Esta calmaria me chegava de uma forma inconstante. Nem sempre me servia como alívio, mas era a única forma que eu tinha de entender a mim mesmo.

Os sons que se aproximavam me fundiam entre a loucura e a insensatez, terminavam por me deixar incontrolável, terminavam por me deixar entorpecido por meu próprio veneno que era constituído por uma autodestruição. Cada batida, cada tom de voz, cada perfeição que eu encontrava, me deixava ainda mais perdido, porque no meu mundo não havia nada daquilo. Nenhuma daquelas cores eram bem vindas no que me dizia respeito.

As páginas escritas pra mim estavam em branco, e as páginas em branco me deixavam ainda mais vazio. Me torturavam dentro de um aspecto muito mais doloroso do que o físico e do que o mental. Era algo, realmente, inexplicável, amedrontável, e o pior... Naquele momento, para mim, era idolatrável.

Queria poder chegar ao fim, mas sabia que ainda não seria possível. O meu tempo estava próximo, mas as dores ainda deveriam ser sentidas de outras maneiras. Meus companheiros se afastavam, minhas damas se encontravam fora de alcance, meus pensamentos não mais me pertenciam, na verdade, eu pertencia a eles. E, por último, meus dias não podiam ser contados, porque eu, sequer, sabia em que dia me encontrava.

Se é que, em algum dia, ou lugar, em me encontraria.

Até que a maré passou, e eu percebi que estava vendo flores onde eram apenas notas tortuosas de músicas malfeitas trazidas por um compositor que não sabia ler uma só canção. Estes dias não foram melhores que os outros, pois foi quando descobri que estava tudo bem, que percebi que não era o tudo bem que me fazia falta.”

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Ser ou não ser, eis a questão...




Estilos... estilos.. O que você é, quem é você?

Estas perguntas estão encravadas na sociedade. Eu já fiz parte de grupos ideológicos quando era adolescente e posso dizer que, o que vou escrever agora, não é preconceito e, sim, um pós-conceito muito enraizado nas críticas pessoais que tenho comigo.
Ser ou não ser..? Eis a questão. Shakespeare já nos fez pensar muito sobre isso. Acho engraçado como as coisas mudam de curso assim, nesta velocidade. O que eu não entendo é o porquê de as pessoas nunca entenderem a verdadeira mensagem que lhes é passada, e sempre ficam nestes pensamentos parados no tempo.

Vivemos em um país que se vangloria pela “mestiçagem” (oh palavrinha feia... Parece um palavrão... – Seu mestiço...), mas que, ao mesmo tempo, se perde em ideologias hipócritas que vagueiam a imensidão das cabeças vazias.

Então, vamos lá... Isso tudo serve para que eu possa dizer a minha chama não apagada que é a questão da identidade. O que é identidade, meu povo brasileiro? Será que alguém saberia responder? Ah.. Na-não... Não é o codinome da nova temporada de Malhação... Não.. Não é apenas o documento em que se apresenta o RG... Mas estamos quase lá.

Identidade é a marca com que uma pessoa é designada a viver para o resto da vida. Temos uma identidade... Somos um número perante a sociedade... Meu nome não é Marcos, meu nome é 0951... e por aí vai...

O que me incomoda, de verdade, no Brasil (e quiçá no mundo) é a forma como estas identidades são impostas. Um dia desses, eu estava vestindo uma camisa preta e um garoto cabeludo passou por mim e, rapidamente, olhou para a minha camisa (que tinha um símbolo) e ficou tentando identificar o que seria aquele símbolo... Foi então que, depois de um tempo, juntou coragem e me perguntou... “Que banda é essa?” – e eu pensei: “Meu Deus... Sobre o que esse menino está falando...” – Depois de um tempo, eu entendi o que seria aquela indagação... Para ele, o preto é a cor da vestimenta dos roqueiros e isso fez com que ele achasse que o símbolo em minha camisa era alguma identidade visual de alguma banda de metal ou algo do gênero.

Isso não pode acontecer na nossa sociedade... Deixemos de lado os pensamentos de identidade que estão nos causando pavor de ser quem somos de verdade. Aqui, ou se é homossexual, ou se é heterossexual, ou se é branco, ou se é negro... Sejamos tudo... Sejamos partes separadas de uma só alma. Sei que parece utopia, mas não é... Por que não ser um pouco de tudo? A escola “Tropicália” nos ensinou que não é preciso ser isso OU aquilo... Porque podemos ser isso E aquilo.

Este espaço é minúsculo para esta discussão, então, vamos tentar continuar com os votos de confiança que temos em nós mesmos... Não se envergonhem de ser Norte, Sul, Leste e Oeste. Tanto faz o que você é, ou de que lado você esteja... Não é a toa que o Sol nasce de um lado e se põe do outro.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Votar "nulo" é ineficaz?




Vejo, em diversos sites e blogs, diversos políticos afirmarem que o voto nulo é “legal” mas não “eficiente”. Acho justo que o façam, uma vez que estão lutando (ou talvez brigando) pelo nosso voto. O problema é que eles não tentam enxergar, além da sua vaidade, e entender o que se passa na cabeça dos eleitores. Pensemos juntos: imagine-se, em casa, quando criança, esperando o seu pai chegar do trabalho, pois ele lhe disse, na noite anterior, que lhe levaria, ao cinema, para que pudesse assistir ao filme que a maioria dos seus amiguinhos já havia visto. Então, o seu pai chega e lhe conduz a acreditar que está cansado e não pode mais sair naquele dia. O que lhe resta é esperar que ele não se desvie da promessa na noite seguinte, porém, é o que ele fará durante todo o mês. Você, “caro e-leitor”, acreditaria, ainda, nas promessas do seu pai?

Acredito que todas as respostas sejam as mesmas: NÃO. Agora, pense bem, se você não acreditaria, nem mesmo, no seu pai... Imagine-se acreditando, a cada verbo que solta um candidato político, de que as suas atitudes, quando eleito, serão os passos dado para a melhoria da sociedade em que vive. É difícil crer nessas palavras, quando sabemos que já estamos necessitando dessa credibilidade há algum tempo.

Não julgo, aqui, nenhum político (em particular), mas julgo o pensamento arcaico de querer manipular a massa e fazer com que ela acredite que o voto “NULO” é uma decisão que não lhe favorece. Talvez, se todos votássemos NULO, eles (os candidatos) teriam uma resposta à altura da confiança que sentimos neles. Não existe algo mais desagradável do que viver em uma sociedade em que vota-se porque não tem escolha. Saber que está, em frente a uma urna eleitoral, digitando os números daquele que você acha que é o menos pior (pra não dizer corrupto), é aniquilar o resto do intelecto que acreditam que nós possuímos.

Então, cabe a todos nós eleitores que pensemos (e muito) em quem votar... E não se sintam desprezados, por aqueles que o cercam, por não se sentir apto a escolher o melhor representante (seja da cidade, do estado ou do país)... Estamos todos no mesmo barco. Estamos desacreditados daquilo que nos prometem, pois, na maioria das vezes, ficamos à espera de uma realização fatídica no âmbito do crescimento e reconhecimento.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Harmonia





E eis que as suas pernas se enroscam nas minhas,
E o seu corpo responde ao meu chamado.
Os seus impulsos reagem ao comando dado
E o seu fôlego ressoa em meu ouvido.

Que bom que é sentir as suas pálpebras,
O involuntário sentimento de nervoso
Que sobe tremendo as pernas e os nervos,
E que faz com que sintamos uma ansiedade infindável
Que provoca toda a euforia dentro da imensidão dos pensamentos.

Ai que vontade de tocar a harpa do seu corpo,
Que vontade de penetrar o âmago das suas notas musicais.
Ai que saudade que dá da musicalidade da sua fruição,
Do desejo da sua paixão, e do medo de explodir em excitação.

Deixa entrar em harmonia a sintonia da gente,
Grita para o mundo o que tem em mente,
Invade os meus pensamentos e me traduz,
Faz de mim a sua vida e confia em tudo o que me seduz.

Deixemos que a fragrância do amor role por todo o lençol.
Permitamos que as entranhas se pareçam estranhas
Ainda que singelas, ainda que constantes...
Ainda que puro doce, ainda que alfazema,
Ainda que necessidade, ainda que poema.

Que o toque da sua mão seja puro e esmero.
Que a mocidade do seu corpo não esteja no hoje,
Mas sim em todo o tempo do mundo.
Não que se veja sempre jovem,
Mas que se veja sempre linda.
Não que respire como antes,
Mas que suspire como nunca.

Pois seu corpo é a tradução instantânea do meu eu,
Por tudo que se compõe em uma canção,
Dada a maestria da organização,
Criação recente de todas as músicas,
Seja, ainda que distante, a minha musa.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Análise Visual do Comportamento Estudantil


Hoje, foi um dia menos comum. Entrei, na sala de aula, e comecei a ministrar a aula para uma turma com alunos, em média, com 17 anos. Desta vez, eles não chegaram atrasados, porém, eu pude sentir que não havia um interesse maior sobre o que eu estava falando. Tratava, com eles, de um assunto importante para a gramática Inglesa... Eu lhes mostrava a essência dos “Modal Verbs”. Este assunto, que é de suma importância para o aprendizado da língua estrangeira em questão, é um dos mais cobrados assuntos em exames (tais quais vestibulares, concursos...).

O meu grande desafio, hoje, não foi tentar trazê-los de volta para a aula (aqui, neste ponto, há quem possa pensar que sou um professor ruim, ou, até mesmo, desleixado, porém, há sempre aqueles que conseguem entender do que estou falando). O meu maior desafio, nesta aula, foi tentar entender o que eles pensavam, o que eles estavam fazendo, o que passava em suas mentes...

“É incrível olhar para mais de trinta pessoas e ver que todas elas tem um comportamento diferenciado. Muitos (quase todos) não prestam atenção a uma palavra que lhes é dita. Olhar para eles, de onde estou, é horrível; eles pulam, brigam, discutem e batem uns nos outros. Se você conseguir apagar o som que fica ao redor, poderá perceber o quão inacreditável é... É como nos filmes de guerra, nos momentos em que estoura uma granada, e o homem não consegue ouvir nada mais além do zumbido e consegue, também, ver os movimentos catedráticos e inorgânicos que conseguem fazer.”

Saber que isto acontece, não traz felicidade para mim. Como professor, eu tenho que tentar despertar a vontade de ser alguém nos meus estudantes... Mas, neste momento, eles deixam de ser estudantes e voltam a ser alunos. Não se deve impor culpas... Porém, será que é o meu dever, como educador, criar os filhos de outrem? Ou devo eu, acompanhar esta criação e implantar, na cabeça deles, o conhecimento adequado para que, integrado ao consolo familiar, estes se sintam aptos a crescer moral, psicológica e intelectualmente?

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Dica para o enigma

Aqui vai mais uma dica para o enigma do Centro Educacional São Rafael.

- Como escritor brasileiro, escrevi um livro amarelo que introduziu, aos personagens,
o conhecimento sobre uma casa que dava uma segunda chance a quem, realmente, necessitava.

sábado, 10 de julho de 2010

Portas da Felicidade

Homem chegou a uma cidade e queria saber o que havia de tão especial nela, pois todos os seus amigos, quando de férias, viajaram para lá. Nenhum deles lhe disse o que estavam indo fazer, pois eles lhe indicavam a existência de um segredo muito valioso escondido naquelas terras.
Este Homem arrumou, rapidamente, as suas malas e decidiu embarcar, no primeiro ônibus, em direção à cidade que lhe prometia um segredo que mudaria a sua vida. Depois de muitas horas de viagem, ele decidiu abrir um livro e começar a ler. Até que a sua visão ficou turva, ele leu alguns capítulos que lhe deram sono.
Quando o ônibus parou, Homem despertou do seu sono literário e abriu os olhos para enxergar as primeiras casas que surgiam na pista que levava à cidade do segredo. Após carregar as suas malas, decidiu ir ao hotel no qual ficaria hospedado.
O rapaz que trabalhava lá ajudou-o a levar as coisas para o quarto, mas, assim que guardou as suas malas, Homem perguntou ao outro: “Me falaram sobre um segredo que esta cidade guarda, posso saber onde fica?” – O rapaz sorriu e lhe disse que havia uma casa bem grande que guardava este segredo que atraía tantos turistas.
Homem pegou a sua carteira e saiu feliz para ir de encontro a esta casa que iria lhe agradar com alguma surpresa. Quando Homem estava saindo do hotel, ouviu o mesmo rapaz de antes gritar para ele: “Lembre-se... É a maior casa da cidade...” – Homem sorriu para o rapaz e saiu andando acompanhado, apenas, da sua felicidade.
Após procurar com muita veemência pela casa, Homem descobriu que estava no lugar errado. Perguntou para muitos cidadãos e acabou descobrindo, exatamente, onde ficava o casarão. Ele chegou ao local, viu que a casa era, realmente, enorme e decidiu adentrá-la. Assim que entrou, viu um mural bem grande lhe indicando as regras para andar na casa. Primeiro, dizia que cada pessoa que entrasse só poderia entrar uma vez e nunca mais deveria voltar a entrar a casa. Depois, havia a regra que dizia que a cada andar haveria uma indicação para a busca, porém, a cada andar subido, jamais a pessoa poderia voltar a descer e escolher o que já havia passado.
Homem ficou muito contente com a última placa que indicava: “Corra e conquiste a sua felicidade.” – Ele subiu para o primeiro andar e encontrou na porta: “Aqui, você encontra a fé”; Homem sorriu e continuou subindo. No segundo andar, ele encontrou: “Aqui, você encontra a fé e a alegria”. Homem estava cada vez mais feliz e decidiu subir os degraus mais uma vez. Ao terceiro andar, ele encontrou: “Aqui , você encontrará a fé, a alegria e a inteligência”.
Homem já tinha, em sua mente, o que poderia vir depois. O que uma pessoa desejaria além de fé, alegria e inteligência..? Homem se deparou com os degraus que levavam para o último andar. Chegou à porta e encontrou-a aberta. Dentro da pequena sala havia uma placa indicando: “Aqui termina a sua jornada. Se nenhuma das portas lhe serviu, deve sair da casa, exatamente, como entrou.”

terça-feira, 6 de julho de 2010

Quem são os verdadeiros críticos?


O que me deixa invocado é essa discussão sobre os críticos. Eles são bons, não são? Devemos segui-los, devemos ouvi-los? E esta discussão vem ultrapassando épocas e idades, pois todos querem embasar as suas “teorias” em uma vertente já utilizada.
Como diria um amigo de colegial, “pois bem”, já li inúmeros comentários sobre o que é ser crítico. E me perguntam, diversas vezes, o que é ser um crítico. Daí surgem idéias de que eles são profissionais que não tem aptidão a nenhuma das artes e acaba se tornando um carrasco dos artistas, outros que me dizem que os críticos são os “supra-sumos” no quesito em questão. E, então, o que são eles?
Certamente, há profissionais sérios, na área, mas, como em todos os cantos da imundície trabalhista, há aqueles que estão de penetra. Quem não conhece um engenheiro que ensina física, um médico que dá aula de biologia, até mesmo um ex-advogado como gerente de uma empresa?
Estes críticos sérios trabalham em cima de teorias e argumentos, estudos e pesquisas. Eles não abrem a boca para dizer o que acham, eles confirmam, cientificamente, o que estão dizendo. Mas, o grande problema do nosso século é que a crítica, principalmente literária e cinematográfica, se tornou algo prostituído. Criou-se uma empresa “achista”.
Hoje, os pseudocríticos acreditam julgar uma obra pelo que eles acharam desta. Não há mais a citação de um autor, ou de uma constituição de argumentos que provem aquele ponto em questão, porque o que eles acham que entenderam, ou o que eles dizem ter conhecimento, está estancado numa idéia verbal sem nenhuma magnitude.
Encontramos diversos vídeos, na Internet, de homens e mulheres, adolescentes e adultos, julgando séries, novelas, filmes e livros baseados em nada. Apenas, traduzindo um contexto irrisório de uma realidade que só pertence a eles e tentando fundar um questionamento que traz uma solicitude de piedade para com si próprio.
É preciso que se estude bastante e que se conheça muito para que se chegue ao ponto de criticar um autor, um diretor, um roteirista ou, até mesmo, um ator. Brasileiros do meu coração, podemos todos criticar (temos a liberdade de expressão), mas cuidado para que essas críticas sem embasamento não caiam nos ouvidos (ou olhos) daqueles que entendem, pois a sua rápida e ineficaz fama, pode se tornar uma exclusão social.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Existe vida após a morte?


Se existe, ou não, muita gente não saberia dizer, porém, outras já dizem, com veemência, que há um outro lado para se descobrir. Sempre tendemos a considerar ideologias que nos dêem margens ao reconhecimento de uma saída ao nosso maior medo. Entrando neste aspecto, sabemos que o nosso maior medo (e tabu) é a morte.
O que fazer quando sabemos que uma pessoa que amamos já se foi e não poderemos mais vê-la? Cabe a nós esquecê-las? Deixá-las, eternamente, gravadas na memória? E se isso for pouco para o que essas pessoas representaram para nós?
Este é o preço que se paga por querer entender algo que não está explícito. O músico Raul Seixas (em algumas de suas músicas) deixou claro que preferia ser burro a entender o que estava acontecendo com a sociedade, pois, desta forma, ele não sofreria tanto.
A religião é, em sua maioria, uma desculpa para evitar um confronto direto com a vida real, muitas delas indicam um caminho cheio de dúvidas e “tolerâncias” (também conhecidos como fé) para que se possa sobreviver neste caos que as nossas próprias mentes criam.
Mas e a espiritualidade... É um desses dogmas com o qual nos escondemos da factual existência única e carnal? Há quem diga que somos espíritos envoltos numa roupagem e que vivemos de orações e luzes; mas há outros que dizem que não há mais nada após o “aqui e agora”.
Não é fácil acreditar que existem espíritos que nos rodeiam (isso é um fato), mas por que não acreditarmos naqueles que dizem que já os viram? Qual a razão para estes estarem mentindo? O que eles conseguiriam com isso?

segunda-feira, 31 de maio de 2010

O leitor no país da Literatura


Todos os professores deveriam introduzir a literatura aos seus alunos de uma forma mais eficaz. Não adianta continuar esmurrando a ponta da faca, pois não se atrai ninguém com base em força bruta. Os leitores devem se sentir convidados a ler, devem saber que a literatura é um mundo prazeroso e não duro e irrisório.

Alguns podem pensar: “E como vamos fazer isso?”, basta que destruamos a intenção arcaica ao clássico; paremos de tentar mostrar aos alunos que existe uma barreira falsa que separa dois tipos de literaturas (a boa e a ruim) – Esqueçam esse pensamento.

O mais importante de todos os aspectos da leitura é o interesse, e este é o primeiro passo para se iniciar no mundo literário. Qualquer que seja a obra que esteja lendo... É de suma importância que dê o primeiro passo... Se o que está lendo, agora, é o que chamam de infantil, medíocre ou inválido... Continue lendo, pois descobrirá, assim, um país totalmente novo e constituído de leis muito agradáveis... Este país se chama LITERATURA.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Por que se assustar com um filme de terror?


Muita gente me pergunta: “Como você ainda consegue se assustar assistindo a estes filmes ‘bestas’ de terror?” e eu fico pensando, comigo mesmo, a razão de as pessoas assistirem a filmes de terror se não querem se assustar. Certa vez, eu li um artigo científico escrito por Stephen King e ele disse uma coisa incrível: “Quando nós pagamos, qualquer valor, para sentarmos, num cinema, e assistirmos a um filme de terror, estamos em busca de pesadelos”.

Esta é a forma mais plausível de explicar o que acontece com quem se assusta com os “bestas” filmes de terror. Não há razão para não se assustar. Do mesmo jeito que não há porque uma pessoa não dar risadas de uma piada num show de Tom Cavalcante, por exemplo, ou criticar uma escola de samba que venera e toca, em seus shows, músicas de Dorival Caymmi.

Assim fica explicado o motivo pelo qual eu me disponho a sentir calafrios e medos ao assistir a um filme de terror.