segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Votar "nulo" é ineficaz?




Vejo, em diversos sites e blogs, diversos políticos afirmarem que o voto nulo é “legal” mas não “eficiente”. Acho justo que o façam, uma vez que estão lutando (ou talvez brigando) pelo nosso voto. O problema é que eles não tentam enxergar, além da sua vaidade, e entender o que se passa na cabeça dos eleitores. Pensemos juntos: imagine-se, em casa, quando criança, esperando o seu pai chegar do trabalho, pois ele lhe disse, na noite anterior, que lhe levaria, ao cinema, para que pudesse assistir ao filme que a maioria dos seus amiguinhos já havia visto. Então, o seu pai chega e lhe conduz a acreditar que está cansado e não pode mais sair naquele dia. O que lhe resta é esperar que ele não se desvie da promessa na noite seguinte, porém, é o que ele fará durante todo o mês. Você, “caro e-leitor”, acreditaria, ainda, nas promessas do seu pai?

Acredito que todas as respostas sejam as mesmas: NÃO. Agora, pense bem, se você não acreditaria, nem mesmo, no seu pai... Imagine-se acreditando, a cada verbo que solta um candidato político, de que as suas atitudes, quando eleito, serão os passos dado para a melhoria da sociedade em que vive. É difícil crer nessas palavras, quando sabemos que já estamos necessitando dessa credibilidade há algum tempo.

Não julgo, aqui, nenhum político (em particular), mas julgo o pensamento arcaico de querer manipular a massa e fazer com que ela acredite que o voto “NULO” é uma decisão que não lhe favorece. Talvez, se todos votássemos NULO, eles (os candidatos) teriam uma resposta à altura da confiança que sentimos neles. Não existe algo mais desagradável do que viver em uma sociedade em que vota-se porque não tem escolha. Saber que está, em frente a uma urna eleitoral, digitando os números daquele que você acha que é o menos pior (pra não dizer corrupto), é aniquilar o resto do intelecto que acreditam que nós possuímos.

Então, cabe a todos nós eleitores que pensemos (e muito) em quem votar... E não se sintam desprezados, por aqueles que o cercam, por não se sentir apto a escolher o melhor representante (seja da cidade, do estado ou do país)... Estamos todos no mesmo barco. Estamos desacreditados daquilo que nos prometem, pois, na maioria das vezes, ficamos à espera de uma realização fatídica no âmbito do crescimento e reconhecimento.

4 comentários:

  1. Eu concordo plenamente. É um absurdo esse tipo de voto não ser levado tanto em consideração.
    Eu fico muito revoltada por isso acontecer e o povo votar nesses políticos vagabundos que roubam na nossa cara e ainda são reeleitos. O pior de tudo são os deputados...são uma vergonha! Eu me envergonho por fazer parte de um país tão "sujo" como esse.

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  2. É meus amigos infelizmente essa é a situação do Brasil, vivemos em uma sociedade corrupta e omissa onde não temos o direito de escolher o melhor, mas sim o menos pior entre os tantos inúteis, quem sabe isso algum dia mude. Uma saída seria difundir a idéia entre as crianças de que a Constituição da República Federativa do Brasil e o Código Penal não passam de um monte merda que só favorece aos poderosos.
    No dia que a sociedade resolver queimar essas porcarias quem sabe o povo possa ter mais direito a opinião.

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  3. Vamos imaginar o seguinte: Você é uma criança e tem alguns deveres a cumprir como ir para a escola, fazer seu dever de casa, arrumar a cama de manhã e escovar os dentes antes de dormir. Só que nada disso você consegue fazer se não tiver uma pessoa que pague sua escola, que te ensine a fazer o dever de casa, que te dê uma cama pra dormir e um lugar pra viver. Essa pessoa pode ser seu pai, sua avó, seus tios ou alguém que decide tomar conta de você. Essa pessoa é, no caso desta discussão, um político. Esta é a função dele: cuidar de nós. Só que, neste caso, NÓS escolhemos quem vai tomar conta da gente. Ou seja, nós podemos escolher o nosso tutor, o nosso "pai". Se tivemos "pais" ruins até agora, se achamos que temos poucas opções de escolha e nos indignamos com a obrigatoriedade do voto, então talvez tenhamos que aprender a nos virar sozinhos. E não depender do governo PARA NADA. Privatizar tudo, não contar com Órgãos governamentais, escolas públicas, SUS. Temos então que carregar nas costas aqueles realmente são desamparados, aqueles que realmente não tem um pai e uma mãe para comprar comida. Temos que assumir a responsabilidade de um líder organizador. Bom. Acredito que ninguém aqui tem o interesse de se responsabilizar pelo problema de pelo menos 32,1 MILHÕES de analfabetos funcionais, ou seja, pessoas que tem menos de 4 anos de estudo e não possuem as habilidades necessárias para satisfazer as demandas do seu dia-a-dia e se desenvolver pessoal e profissionalmente. Talvez, nós estejamos com os olhos fechados de raiva e lágrima, mágoa, pelos políticos corruptos que elegemos. É hora de abrirmos os olhos, deixá-los bem atentos, aos candidatos. Todos. Procurar a ficha, o histórico, o currículo, as propostas, ver os debates, analisar um por um. Depois podemos discutir se o voto nulo não é simplesmente uma forma de acomodar a sua cidadania às suas obrigações e nada mais. Como se o resto do país não precisasse de alguém que faça ALGUMA COISA. Pouca que seja. Um dia, o índice de analfabetismo foi pior do que este. Então, a obrigatoriedade do voto é só uma forma de fazer valer a sua cidadania, já que, através da conscientização, isto não é tão eficaz. Mas... quem sabe um dia? Em breve!

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  4. Vou confessar que já pensei nessa hipótese,votar "nulo",pois atualmente com a falta de comprometimento que vemos dos políticos para com a sociedade é tamanha,tenho 18 anos e desde os 16 que possuo título eleitoral e a opção de votar.Mas sinceramente nunca tive vontade,toda vez que analiso cada proposta,cada promessa dos candidatos tenho menos estímulo ainda,ha uma grande dúvida sempre na cabeça dos jovens,ainda mais se tratando de política que é um assunto taxado como chato e massante,o que causa mais desiteresse a nós,levando a uma falta de informação maior ainda,e consequentemente a dúvida.Porém eu me pergunto,se votando nulo eu estaria modificando de alguma maneira o cenário da política brasileira?! Então o que nos resta é tentar escolher um cadidato que pareça (infelizmente temos que agir assim)com carater suficiente para assumir com suas propostas.

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