quinta-feira, 12 de maio de 2011

Os Símbolos nas Obras de Stephen King (Introdução)



Existe uma grande dúvida quanto ao mundo literário do horror.

“É só isso?”, “Pra que lerei algo que só me fará assustar?”.

Esses pensamentos devem ser extintos, pois não há nada, neste medo, que não possa ser encarado e decifrado. Stephen King é considerado o mestre do horror moderno, trabalha com diversos tipos de medos e transforma todos eles numa magnífica ordem simbológica de críticas às crenças da sociedade atual.
Não é a toa que algumas das suas obras recebam temas tão agravantes em nossa época; tais quais “Carrie, a estranha” que trabalha a concepção da formação do caráter da vítima do Bullying; temos, também, “Christine” que transmuta a máquina sobre o homem. Trazendo a impotência do ser humano em conduzir uma máquina que pode levá-lo à morte; ainda analisando, temos uma das mais recentes que é intitulada “Celular” (não precisa nem falar sobre qual é a crítica social).
King mostra, em suas obras, a importância de conhecer os verdadeiros significados do sistema. Não encontraremos, apenas, mortes, sangue, assassinatos, monstros e tais coisas que pensam os leitores avulsos; encontraremos vestígios de marcas de uma geração que se comporta de maneira tão brutal que pode gerar uma chacina, apenas, com o jeito com que se apresenta em frente a todos os outros.
Como diria o senhor Foucault (em sua obra “As palavras e as coisas”), o símbolo não existe para dificultar o entendimento, este está ali para, de uma maneira simples, mostrar que existe algo a ser descoberto. Quando um autor trabalha com a representação da verdade, não quer dizer que ele deseje separar os “capazes” dos “incapazes” como muitos acreditam. O fato é que há a urgência de se transparecer, no texto, os símbolos que estão presentes.
Estes símbolos serão as marcas da representação do que o autor quis denotar. Stephen King trata o medo como uma das suas armas para mostrar o que está acontecendo do lado de fora das páginas de suas ficções. Ele vai trazer muitas imagéticas impressionantes do cotidiano, principalmente, do povo americano (terra natal do autor). Em seu conto “O Nevoeiro”, o autor, sensatamente, progride a arrogância das crenças e começa a alterar os semblantes psicológicos de alguns personagens... Existe a traição, tal qual existe a intolerância e, como se poderia imaginar, a morte.
King não vai usar destes sinais para, simplesmente, adequar-se dentro das estilísticas propostas pela academia de literatura norteamericana. Na verdade, o autor troca informações com o leitor (às vezes, mesmo que este não saiba) e encaixa os seus ideais e as suas revoltas dentro dos símbolos existentes em suas obras.
Agora, finalizo esta parte do estudo... Stephen King será muito mais explorado daqui pra frente. As suas obras, os dilemas e os seus símbolos deverão ser entendidos e tratados com o ideal respeito. A partir de então, fique atento aos símbolos que invadem o seu cotidiano e não acredite na inocência de nenhuma dessas marcas.

- Mais informações sobre o autor, pode visitar o site:
http://www.stephenking.com.br

- ou seguir no twitter:
@StephenKBr

Um comentário:

  1. Gostei muito do seu texto. Sou fissurado por símbolos na literatura. Creio que nada está num texto por acaso (a menos que o escritor não saiba o que está fazendo, o que creio ser muito raro). Sou fã do Stephen King. Não é à toa que ele é considerado um dos melhores no gênero terror.

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