sábado, 18 de junho de 2011

A Geração Resumo



Não é mais segredo para nenhum educador que os estudantes, hoje, perderam o tesão pela leitura. Agora, com a Internet e o mundo tecnológico (no geral), eles buscam a maior praticidade. Porém, o que eles não entendem é que para a sabedoria completa, para o intelecto e para um bom comportamento social, não existem caminhos fáceis.

Os estudantes estão ficando mais e mais preguiçosos. A culpa disso é da Tecnologia (apenas)? CLARO QUE NÃO. A maior culpa disso é dos professores que chegam, às salas de aula, impondo um tipo de Literatura com a qual os jovens não estão acostumados. É muito fácil, para o professor, pedir que o estudante leia uma obra; porém, é difícil para o estudante ler enquanto não vê o seu professor lendo. Foi-se o tempo em que os jovens acreditavam na língua do falante. Agora, eles vivenciam a época São Tomé. É preciso ver pra crer.

Para que um jovem leia, é preciso fazer com que ele se sinta atraído pela obra. Não se deve, simplesmente, jogar a Literatura contra o leitor. Diz o professor: “leia ‘O homem que sabia Javanês’”, e o estudante diz: “Tá bom”. Isso não basta. O professor SABE que o estudante vai procurar um resumo na Internet e vai se dar por satisfeito pelo pouco conteúdo que esses resumos expressam. Daí, vem o questionamento, “e o professor não percebe isso?” – Percebe sim, mas o que ele pode fazer se, na maioria das vezes, ele também só leu o resumo?

O adolescente confia na influência que o intelectual lhe expressa. Se ele vê o seu tutor lendo, o fará também. Se ele só conhece o mundo literário do tutor ao ouvido, não fará a mínima questão de adentrá-lo. É preciso mais confiança. É preciso mais desejo. O estudante precisa entender que a obra trará um mundo novo. Com a obra, a sua mente trabalhará de uma forma mais conjunta; a sua criatividade se tornará a sua maior arma. Em um mundo de guerras bélicas, vale a pena experimentar a arma do saber.

Professores, não deixem que o tempo imposto pelos vestibulares faça com que vocês insultem a inteligência dos seus pupilos dizendo-lhes a resposta para tudo. Ninguém deseja, de fato, saber a verdade do universo através de uma fala. Todos devem buscar essa fatídica idéia através de leituras. Pense bem, quando lhe falaram sobre a não existência de Papai Noel, o que a sua mente pensou? Agora, pense... O que o seu estudante deve pensar ao saber que você sabe tudo e pode lhe passar? O seu esforço para chegar a tais conclusões não valeu de nada, pois estes pupilos usarão, apenas, do seu ponto de vista (resumido) para chegar a uma conclusão sobre a verdade.

Busquemos os estudantes. Tragamo-los para perto da leitura. Façamos com que eles entendam que não se lê para “passar de ano”; lê-se para adquirir conhecimento, lê-se para armar-se contra um mundo impróprio e injusto. Lê-se para conhecer-se.

5 comentários:

  1. Muito bom o post!!!

    Aproveitando a visita...

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  2. É rapaz, isto é realmente muito difícil e um tanto delicado ...
    Creio que deve haver uma necessidade notória na camada educativa,assim como há uma que fazem eles (alunos) comprarem o celular da vez,imagine se os livros fossem visto tão primordialmente quanto um celular !!! Trocariam celulares por livros !
    Engraçado e estranho né ?! Mais que isso é que parece ser impossível !
    Mas ainda não, devemos respeitar que uma grande porcentagem dos alunos mantenham o desinteresse pela leitura porque realmente não GOSTAM de ler, e não "enxergam o sabor" que há nos livros, mas o que não podemos fazer é ... deixar que esta porcentagem se amplie, e quanto aos que se mantem no desinteresse, é preciso que trabalhemos em cima desse grupo, por mais que já tenha tentado 10 ou 100 vezes para despertar isto nele, cada vez de uma maneira diferente, até obter o êxito satisfatório. É válido ressaltar que em uma escola não só existe um professor de inglês , existe também um de artes, um outro de literatura, mais um grande professor de história, e assim por diante, se não houvesse vestibular,não teríamos que trabalhar com os alunos visando que ele se apure apenas para passar em um vestibular, e logo o tempo em sala de aula poderia ser convertido para algo mais valioso e construtivo, sem pressão psicológica e nem nada.
    E voltando a nossa realidade, vestibulares, de preparação, preocupação, desistência, e tudo mais ... este tipo de trabalho, encaixa-se com maior flexibilidade nos alunos que ainda passeiam pelo ensino fundamental ... é pena que eu quase tomo trauma da leitura, pois minha professora Ana Paula do São Rafael pediu para que nós lêssemos "Iracema" em plena oitava série, e nesta época eu só gostava de Karl, Engels, e histórias sobre o movimento punk rsrsrs ...

    Ótima Postagem !

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  3. Valeu, meu velho... Saiba que sou seu fã e terei, sempre, o prazer de dizer que fui seu professor... E sou feliz por dizer que somos colegas de profissão...

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  4. Fora que isso não ajuda em nada a criar uma opinião própria e interpretações distintas... Logo, não há discussões :P E aí é toda uma sequência de acontecimentos, porque se não há discussão não há interesse e blablabla
    Viu como eu resumi minha resposta? HAHAHHAA

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  5. Resumiu sim... aheuiaheoiuaeh
    adorei a leitura.. aehioaehiaeuheaiu

    Nem precisei de resumo.

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