É óbvio que a movimentação incomoda aqueles que
desejam que o sistema continue do jeito que está. Agora, é hora de pensar sobre
o lado que você escolherá e qual objetivo você defenderá.
Já está mais do que claro que estamos sendo
rotulados como seres ignorantes, sem poder de pensamento e sem agilidade para
mudanças; que aceitamos tudo o que nos é imposto e que não faremos nada para
mudar. Porém, de uns tempos para cá, influenciados pelas várias revoltas ao
redor do mundo, o povo brasileiro tem se mantido de olho aberto e participado
mais, por mais que ainda em pouco número, de passeatas, protestos e revoltas. Ainda
não estamos falando de revolução, pois para que haja esta, precisamos que a
mudança se torne real.
Olhando para todo esse “barulho”, que os protestos
contra o aumento da tarifa do transporte público, está fazendo, não podemos
fazer analogia à obra do Shakespeare,
porque não está sendo a troco de nada. O mundo está ouvindo as vozes dos
milhares de brasileiros às ruas. Estão até falando, novamente, sobre o “Diretas
Já”. O Brasil, por alguns instantes, deixou de ser o país da bunda, da copa e
do samba... O Brasil está sendo visto e falado como o país “Turquia”.
Eu concordo com o Caetano Veloso (ao menos nisso)
quando ele diz que está na hora de entregarmos a política para os novos
políticos; para aqueles que não viveram a ditadura, pois, decerto que estes não
aprenderam nada com o que vieram lutando durante anos. Quem era povo virou
poder. Então, mais do que nunca, está na hora de implantar a ditadura reversa.
Está na hora de assumir o posicionamento intolerante e não permitir que eles
façam o que querem. Será, então, o povo (ditadura) contra o poder (os
oprimidos). É partir para a regressão política, porém, com a “fanta” (polícia)
em nossas mãos. Mas não batamos com violência física, mas sim com violência
ideal, com violência intelectual. Vamos mostrar que só queremos proteger o que
é NOSSO.
E que o Brasil pare de ser um país de tolos, deixe
de ser um país de poucos e, realmente, se torne um país de todos.
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