quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Ser ou não ser, eis a questão...




Estilos... estilos.. O que você é, quem é você?

Estas perguntas estão encravadas na sociedade. Eu já fiz parte de grupos ideológicos quando era adolescente e posso dizer que, o que vou escrever agora, não é preconceito e, sim, um pós-conceito muito enraizado nas críticas pessoais que tenho comigo.
Ser ou não ser..? Eis a questão. Shakespeare já nos fez pensar muito sobre isso. Acho engraçado como as coisas mudam de curso assim, nesta velocidade. O que eu não entendo é o porquê de as pessoas nunca entenderem a verdadeira mensagem que lhes é passada, e sempre ficam nestes pensamentos parados no tempo.

Vivemos em um país que se vangloria pela “mestiçagem” (oh palavrinha feia... Parece um palavrão... – Seu mestiço...), mas que, ao mesmo tempo, se perde em ideologias hipócritas que vagueiam a imensidão das cabeças vazias.

Então, vamos lá... Isso tudo serve para que eu possa dizer a minha chama não apagada que é a questão da identidade. O que é identidade, meu povo brasileiro? Será que alguém saberia responder? Ah.. Na-não... Não é o codinome da nova temporada de Malhação... Não.. Não é apenas o documento em que se apresenta o RG... Mas estamos quase lá.

Identidade é a marca com que uma pessoa é designada a viver para o resto da vida. Temos uma identidade... Somos um número perante a sociedade... Meu nome não é Marcos, meu nome é 0951... e por aí vai...

O que me incomoda, de verdade, no Brasil (e quiçá no mundo) é a forma como estas identidades são impostas. Um dia desses, eu estava vestindo uma camisa preta e um garoto cabeludo passou por mim e, rapidamente, olhou para a minha camisa (que tinha um símbolo) e ficou tentando identificar o que seria aquele símbolo... Foi então que, depois de um tempo, juntou coragem e me perguntou... “Que banda é essa?” – e eu pensei: “Meu Deus... Sobre o que esse menino está falando...” – Depois de um tempo, eu entendi o que seria aquela indagação... Para ele, o preto é a cor da vestimenta dos roqueiros e isso fez com que ele achasse que o símbolo em minha camisa era alguma identidade visual de alguma banda de metal ou algo do gênero.

Isso não pode acontecer na nossa sociedade... Deixemos de lado os pensamentos de identidade que estão nos causando pavor de ser quem somos de verdade. Aqui, ou se é homossexual, ou se é heterossexual, ou se é branco, ou se é negro... Sejamos tudo... Sejamos partes separadas de uma só alma. Sei que parece utopia, mas não é... Por que não ser um pouco de tudo? A escola “Tropicália” nos ensinou que não é preciso ser isso OU aquilo... Porque podemos ser isso E aquilo.

Este espaço é minúsculo para esta discussão, então, vamos tentar continuar com os votos de confiança que temos em nós mesmos... Não se envergonhem de ser Norte, Sul, Leste e Oeste. Tanto faz o que você é, ou de que lado você esteja... Não é a toa que o Sol nasce de um lado e se põe do outro.

Um comentário:

  1. Hummmmm..eu concordo com vc em alguns aspectos..mas em outros eu discordo pq eu acredito que o Brasil é MUITO grande e acredito que esses preconceitos fazem parte da grande questão cultural.O problema é que o povo aqui não é uma equipe querendo que o país cresça e sim um povo egoísta e individualista que só quer pensar em si e esquece que as pessoas da sociedade são influenciadas diretamente toda vez que tomamos algum tipo de decisão. As pessoas precisam de mais compaixão e aprender a ajudar o próximo! ;)

    Te amo, Kinho.

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